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Profetas do Amor


Ministros da reconciliação


Anunciar


Escutando e aprendendo é preciso proclamar!


A universalidade do amor de Cristo impele-nos para a missão (cf. 2Co 5,14ss). É esta urgência que leva o próprio Paulo a dizer “Ai de mim se não anunciar o Evangelho!” (1Co 1,17), e que a primeira carta de João liga à experiência do amor de Cristo: “Nisto conhecemos o amor: Jesus Cristo ofereceu a sua vida por nós. Também nós devemos oferecer a vida pelos nossos irmãos (1Jo 3,16). Nascido pelo Espírito do Pentecostes, o caminho do coração torna-se um itinerário para todas as estradas da humanidade, próximas e distantes, acolhendo os esquecidos, curando as feridas, reconciliando os conflitos, colaborando com os esforços de desenvolvimento, infundindo esperança e anunciando a presença de Deus na vida e na história dos homens.

>Penetrando no Coração de Cristo, compreendemos mais profundamente a lógica da missão como solidariedade de Deus, que não se limita a oferecer de longe a sua salvação ou a perdoar os pecados na sua misericórdia. Em Jesus, Ele veio para o meio da humanidade pecadora, partilhando o seu drama, angústias e esperanças, abrindo, apresentando e tornando possível um caminho novo como homem e Filho de Deus. No seu “ecce venio”, de que faz eco o “ecce ancilla” de Maria, descobrimos uma disponibilidade para a missão, feita de comunhão consciente com o projecto do Pai e de liberdade obediente para realizá-lo. Nesta luz, compreendemos a lógica do Bom Pastor, que organiza o próprio rebanho e quer ir buscar as ovelhas que estão fora (Jo 10,16), que perde o tempo com uma única que se tresmalhou e necessita de cuidados especiais (Lc 15,4-7) e que, por todas, oferece a própria vida.

>Assumir assim a missão exige um coração livre, humilde e generoso, unido ao de Cristo. Antes de mais, fica excluída toda a espécie de imposição, arrogância ou violência. O confronto com a recusa, a indiferença ou a violência exige, pelo contrário, uma solidariedade fiel, que não abandona, não julga e não destrui, mas toma sobre si o peso da regeneração e da vida. Quem anuncia, não o faz como projecto próprio, mas em nome de Cristo e como enviado de uma comunidade, em comunhão com outros irmãos e irmãs.

>Muitas vezes terá de renunciar aos próprios planos, porque a missão o chama para outro lado. Alegra-se, como lemos nas páginas do Evangelho, com os sinais do Reino que descobre à sua volta e com o trabalho dos outros, sentindo- se fraterno com todos os que procuram o bem. Estará próximo de todos os que sofrem e anunciará a Boa Nova da esperança, partilhará as alegrias e lágrimas e será também capaz de derramar o seu sangue como dom extremo de si mesmo, porque a sua vida estará sempre nas mãos do Pai. Na sua palavra e na sua vida, os povos reconhecerão que Deus veio para junto deles.

>A missão está presente em toda a parte no mundo, perto de cada um de nós e de cada uma das nossas comunidades. Exige-se de todo o dehoniano, antes de mais, a coragem e a solidariedade do anúncio, que supera a administração das nossas obras e procura sempre tornar-se presente, com todos os meios ao alcance, mas sobretudo com todo o coração, junto dos que estão fora, que passam privações, que são esquecidos. Não se pode todavia esquecer que da missão faz parte pôr-se em caminho, olhar para além das necessidades locais, ultrapassar confins e contactar com outras culturas e regiões, como também outros areópagos da actividade humana, no campo social, económico e das comunicações. Tornar-se disponível e preparar-se para essa missão faz parte da nossa vocação, porque é implícito no Coração universal de Cristo. A dimensão internacional e intercultural assume uma importância especial neste momento da vida da Congregação e da história, unida ao crescimento da interculturalidade da nossa experiência comunitária. Neste tempo de globalização, queremos contribuir, com a nossa comunhão e missão, para fazer de Cristo o coração do mundo.

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Caminho PodCast


Acompanhe o nosso PodCast. Um bate papo bem legal sobre diversos temas da vida da Igreja e sobre a importnicia de pensar bem a vocação.